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AMI - Age, Muda, Integra

AMI apoia dois projetos de saúde no Uganda

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Regressada do Uganda, a nossa equipa analisou no terreno e avançou com o apoio a dois projetos de saúde em parceria com organizações locais. Reforçámos o apoio à ONG “Mission for Community Development” no desenvolvimento de comunidades saudáveis no distrito de Buikwe, que irá melhorar os serviços de saúde materno-infantil, fortalecer e ampliar o acesso a água e a saneamento.

 

Paralelamente, temos trabalhado desde 2013, com a ONG Action for Disadvantaged People no Uganda, no combate ao HIV/SIDA no distrito de Wakiso. O novo projeto visa melhorar a assistência às pessoas afetadas, sendo seus beneficiários diretos, 100 famílias constituídas por mulheres, crianças órfãs afectadas ou infectadas pelo vírus.

Nicarágua: AMI promove saúde materna

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A AMI está a desenvolver, na Nicarágua, um projeto de fortelecimento da rede de parteiras tradicionais. Implementada com o apoio do parceiro Aciòn Medica Cristiana, esta iniciativa procura oferecer cuidados de saúde para mulheres grávidas, apostando na formação que vise a prevenção da mortalidade materna. Iniciado em 2014, este projeto está a ser implementado em oito comunidades do Rio Prinzapolka, Região Antónoma do Atlântico Norte (RAAN).
Desde janeiro que este projeto conta com o apoio no local da médica Vânia Moutinho. A voluntária da AMI encontra-se neste momento a apoiar o parceiro na elaboração de material educativo, planos e metodologia para formaçao de agentes de saúde e ainda na redaçao de diagnósticos em 30 comunidades. melhorar a saúde materna destas comunidades.

Haiti: Pela igualdade de género

 

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Atuamente, estamos a apoiar no Haiti um projeto de valorização do papel social da mulher. Em parceria com a Organização Não Governamental REFRAKA financiamos a implementação e reforço de uma rede de rádios comunitárias. Em 2000, verificou-se a impossibilidade das mulheres integrarem a equipa de locutores. Este obstáculo reside na existência marcada de desigualdades de género, traduzidas pela participação reduzida nas estruturas internas e na tomada de decisões. Como forma de lutar contra esta situação de exclusão, um grupo de mulheres jornalistas decidiu criar uma rede com o objetivo de fortalecer a competência, a integração e a participação das mulheres nas rádios e respetivas estruturas de decisão em todo o país, vencendo preconceitos. O processo foi difícil, enfrentaram rejeição e falta de colaboração, mas a determinação destas mulheres garantiu a continuidade deste desafio.  Volvidos 14 anos, estão presentes em nove dos 10 departamentos do país e colaboram com outras rádios em várias regiões, comentando e reportando diversos assuntos. No primeiro ano desta rede, em 2001, contavamos com 15 mulheres. Atualmente temos mais de 250 animadoras, apresentadoras e produtoras nas já 27 rádios comunitárias.

A REFRAKA é ativa na promoção da igualdade de género e na luta contra a violência de género, assim como na sensibilização comunitária para a educação ecológica e mitigação de riscos de catástrofes naturais e ainda, na formação de técnicas de produção jornalística e consciencialização geral. Esta organização é apoiada e cofinanciada pela AMI desde 2009 e, no ano passado, abraçaram mais um projeto especificamente vocacionado para “A participação ativa das mulheres como agentes e divulgadoras sociais em rádios comunitárias” que durará até 2017. Ao mesmo tempo que se reduzem as barreiras de género nas rádios comunitárias, sensibiliza-se a população para a promoção da igualdade de género, combatendo a violência de género. Paralelamente, promovemos o empowerment das mulheres de zonas rurais que se tornam ativistas nas respetivas comunidades. 

Na vertente da formação, realizam-se sessões de formação sobre técnicas de jornalismo, direitos das mulheres e participação ativa de cidadania, liderança e autoestima, entre outras. São ainda organizadas conferências, debates e jornadas de mobilização.

 Relativamente ao apoio às vítimas de violência de género, a REFRAKA está a ter um papel particularmente importante. Do ponto de vista da sensibilização, concebe e implementa programas educacionais e spots sobre a violência baseada no género, o que permite que as mulheres de zonas mais remotas tenham acesso a informações que as podem ajudar a protegerem-se melhor contra a violência, assim como solicitar os serviços de apoio social e judicial. Estão a estabelecer um grupo de trabalho de três pessoas em 10 estações de rádio comunitárias para orientar mulheres e meninas vítimas de violência de género até às estruturas apropriadas de assistência, cuidado e acesso à justiça. De maneira a fortalecer a capacidade técnica das organizações locais para responderem às situações de violência, as rádios comunitárias têm um relatório bem documentado sobre os casos de violações dos direitos das mulheres. A somar a todas estas ações, trabalham ainda em estreita colaboração com organizações de mulheres da capital, Port-au-Prince, para facilitar sinergias e realizam sessões de diálogo entre as mulheres vítimas de violência, estimulando a partilha de experiências, bem como formação e apoio psicológico.

Tanzânia: Juntos pela proteção do meio ambiente

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Na Tanzânia, iniciaremos em breve um projeto ambiental de gestão de resíduos. Em parceria com Organização Não Governamental Sea Sense, vamos melhorar as práticas de gestão de resíduos numa extensa área situada a 135km de Dar es Salaam, capital comercial da Tanzânia.


A principal fonte de rendimentos nesta região é garantida sobretudo pela agricultura, pesca e exploração de recursos florestais. A pesca do camarão é a mais importante, empregando mais de 3 mil pescadores. Esta forma de subsistência está cada vez mais ameaçada pela má gestão do meio ambiente marinho. Resíduos sólidos são frequentemente despejados em praias onde se faz secagem de peixe e em cursos de água. Mais de 70% das doenças assistidas em unidades de saúde na Tanzânia estão relacionadas com água e saneamento. A ausência de práticas de gestão de resíduos produz uma contaminação ambiental cada vez mais intensa e perigosa. Para além do risco associado à saúde humana, os ecossistemas de que estas comunidades piscatórias dependem estão a ser fortemente danificados.


Este projeto será implementado em dois distritos, apoiando 15 comunidades num total de 5.280 beneficiários. Serão realizadas diversas atividades formativas com alunos de seis escolas secundárias, dotando-os de práticas eficazes de gestão de resíduos ao longo de um programa educativo. Está ainda previsto treino de ativistas comunitários em gestão de resíduos e a realização de ações que promovam a proteção do ambiente, saúde e cidadania. Finalmente, iremos envolver cidadãos de comunidades costeiras em práticas de gestão de resíduos que beneficiem a saúde e bem-estar social e reduzam a pesca de espécies de elevado valor de biodiversidade.

Quando o terror nos bate à porta…

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 Três dias antes dos massacres de Paris, a imprensa internacional noticiou: 200 crianças executadas pelo autoproclamado Estado Islâmico na Síria. Vídeo e fotografias deste crime hediondo invadiram a internet. No entanto, pouco ou nada soubemos destas crianças. Permanecem anónimas, sem nome, rosto ou família que chore a sua ausência. O absurdo deste ato e a distância geográfica do mesmo, provavelmente ativou o nosso estado de negação. Na quinta-feira anterior, em Beirute, no Líbano, o mesmo Estado Islâmico reclamava a autoria de um outro massacre, desta vez com mais de 80 vítimas. Novamente, sem gerar muita comoção.

 

A crueldade dos atentados de sexta-feira 13 em Paris, produziu uma expectável e natural onda de indignação em toda a sociedade ocidental. Paris somos nós. Somos absolutamente contra a violência, a barbárie a morte. Tal como na capital francesa, em Portugal assistimos a concertos rock, gostamos de jantar fora e de conversar com amigos numa esplanada. Identificamo-nos com as vítimas, não só pela nacionalidade, como pelo estilo de vida e pelos valores próximos, senão idênticos aos nossos. Rapidamente, somos franceses para nos sentirmos mais humanos. Essa empatia dá-nos força num luto coletivo. Quando morre um inocente, o mundo torna-se num lugar mais sombrio.

 

A humanidade é um valor universal, sem fronteiras. Hoje, somos todos parisienses, mas também libaneses, sírios. afegãos. Somos todos seres humanos.

Crise na Europa: Faltam medidas sérias e imparcialidade

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 Depois de terem visitado as ilhas gregas de Kos e Lesbos e a ilha italiana de Lampedusa, as equipas da AMI estão de regresso a Portugal. O objetivo desta missão humanitária foi estudar in loco e em conjunto com as autoridades e ONG’s locais, as necessidades mais sentidas face ao fenómeno migratório que tem origem em África e no Médio Oriente.

Estas três ilhas são as mais importantes portas de entrada na Europa para os imigrantes e refugiados que fogem dos conflitos e da pobreza no Médio Oriente e em África. Segundo o que a AMI apurou, por Lesbos, passam 54% de todos os refugiados e imigrantes que entram na Grécia, parte significativa dos quais são refugiados sírios.

Apesar da maior parte da população ser síria, a AMI não pode deixar de lançar o alerta para que se mantenha um tratamento humanitário baseado nos seus princípios basilares, nomeadamente o da imparcialidade, não devendo por isso verificar-se diferentes procedimentos para com a população síria e outras populações que chegam por motivos semelhantes (fuga a conflitos ou perseguições) tal como ocorre com pessoas provenientes do Iraque, Afeganistão, Mali, Eritreia, Somália (entre outros). O facto de a população síria aceder a registos mais rápidos, menos exigentes e que possibilitam uma estadia temporária de maior duração (6 meses contra 1 mês para os restantes) constitui uma violação do mencionado princípio. 

Quer em Lampedusa, quer nas ilhas gregas visitadas pela AMI, verificou-se que a atual resposta a este fluxo migratório em curso se encontra sistematizada e sem atrasos, pelo que a AMI irá, por um lado e para já, reforçar os seus esforços na busca de projetos que combatam as causas que levam as pessoas a deixar os seus países, em parceria com organizações locais.

Assim, é crucial a fixação das populações, nomeadamente em África, através de projetos de parceria com organizações locais. Estas parcerias podem assumir diferentes formatos, desde o financiamento à capacitação, passando pela Aventura Solidária, tendo a AMI cerca de 40 projetos em curso em África, América Latina e Ásia.

Por outro lado, em Portugal, os equipamentos e respostas sociais da AMI estão preparados para apoiar e orientar os casos que lhe cheguem, a exemplo do que aconteceu depois do levantamento da Junta Militar da Guiné-Bissau em 1999 e com a onda de imigrantes de Leste, na década de 2000.

No entanto, a grande questão que se levanta é antes o que acontecerá, se a situação crítica nos países de origem se agravar e descontrolar. Estima-se que na Turquia, haja 5 milhões de refugiados à espera de poderem entrar na Europa e que 2 milhões e quinhentos mil já compraram a passagem às redes de contrabando humano, sendo quase impossível fazer uma estimativa razoável de quantos imigrantes africanos poderão vir a chegar.

Nesse sentido, a AMI considera que dada a complexa situação que se vive atualmente, refletida nos sucessivos e violentos conflitos que assolam o médio-oriente e Sahel e a pobreza extrema que atinge de modo crónico a África subsariana, os problemas na origem devem ser abordados com seriedade e compromisso claro por parte da comunidade internacional e não com mera intervenção claramente cosmética.

A AMI apela assim, a que se realizem esforços efetivos que passam pela dedicação de pelo menos 10 milhões de milhões de euros de ajuda pública ao desenvolvimento por parte dos países doadores, com vista à mobilização eficiente e efetiva por parte de todos os intervenientes quer estatais, internacionais ou não governamentais, para a resolução de conflitos e erradicação da pobreza extrema nas zonas do mundo que são mais fortemente afetadas que impedem uma vida digna e segura de milhões de seres humanos.

AMI intervém na crise humanitária na Europa

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Duas equipas da AMI, num total de 6 elementos, partem esta quinta-feira, dia 24, para a Grécia (Kos) e para Itália (Lampedusa).

 

O objetivo desta missão humanitária é estudar in loco e em conjunto com as autoridades e ONG’s locais, o tipo de ajuda que pode ser prestada face ao fenómeno migratório que tem origem em África e no Médio Oriente.

 

As ilhas de Kos e Lesbos, na Grécia e a ilha de Lampedusa, na Itália, são as duas maiores portas de entrada para Europa naquela que é uma das mais graves crises humanitárias na Europa desde o final da II Guerra Mundial.

 

Recorde-se que a AMI tem uma longa história e experiência com refugiados em dezenas de países. Nomeadamente na zona do Médio Oriente, tendo já atuado no Iraque, Irão, Líbano, Jordânia ou Paquistão sem esquecer África (Sudão/Darfur, Ruanda, Chade, Etiópia e Somália).  

 

No entanto, a intervenção direta junto da população que chega a Europa a fugir da guerra ou da pobreza, é só uma das três vertentes de atuação da AMI face a este enorme problema. 

 

Também em Portugal, os equipamentos e respostas sociais da AMI estão preparados para apoiar e orientar pessoas, a exemplo do que aconteceu depois do levantamento da Junta Militar da Guiné-Bissau em 1999 e com a onda de imigrantes de Leste, na década de 2000.

 

Por outro lado, a fixação das populações locais, nomeadamente em África, é o terceiro eixo de trabalho da AMI, através dos seus projetos de parceria com organizações locais, essenciais para ajudar a desenvolver melhores condições de vida para as populações nos seus países de origem. 

 

A AMI está a aceitar contributos da sociedade civil para esta Missão, através da sua conta de emergência (NIB: 0007.0015.0040.0000.0067.2) e das suas plataformas de angariação de fundos online em http://donativo.ami.org.pt/, em http://loja.ami.org.pt/  e ainda do serviço “Ser Solidário” no Multibanco, selecionando: Transferências> Ser Solidário> AMI.

AMI lança movimento de partilha humanitária

COMUNICADO

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Amanhã, Dia Mundial Humanitário, a AMI desafia os humanitários a partilharem a sua experiência online. Utilizando a hashtag #somosHumanitarios, profissionais e voluntários do mundo lusófono são convidados a revelarem fotografias, testemunhos ou simplesmente mensagens de apoio ou agradecimento pelo trabalho realizado.

 

A partilha de histórias, momentos e imagens tornam-nos a todos mais fortes, inspirados e motivados para continuarmos a construir um mundo melhor, mais humano, justo e solidário.

AMI defende “Plano Marshall” para África

A melhor forma de responder à crise migratória que atualmente assola a Europa é criar um “Plano Marshall” para África. Apesar da AMI considerar como positiva a medida hoje anunciada pela Comissão Europeia de criar um fundo de 2,4 mil milhões de euros, esta não responde às questões de fundo que estão na origem das migrações.

 

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 Para além de ser importante atuar internamente nesta emergência humanitária, reforçando a integração e o asilo dos migrantes que chegam aos Estados-Membros da União Europeia, é sobretudo necessário o desenvolvimento de um plano que restaure a esperança das populações africanas e as ajude a fixarem-se nos países de origem. Um projeto verdadeiramente solidário que possibilite o acesso a direitos fundamentais, como saúde, educação, emprego, habitação, água, entre outros.

 

É ainda imperativo que saibamos aprender com os erros cometidos no Iraque, na Síria, na Líbia e na Ucrânia. Estes conflitos incrementaram significativamente o fluxo migratório que, a termo, poderá provocar o fortalecimento dos partidos xenófobos e colocar em risco a existência das democracias ocidentais.

 

É fundamental atuar de forma preventiva nas causas dos movimentos migratórios e não apenas de forma reativa a uma crise humanitária que será, de certeza, a maior tragédia que a Europa terá que enfrentar já nos próximos anos. 

Equipa da AMI mantém-se na região no apoio à população do Nepal

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Um novo sismo abalou o Nepal esta manhã. Ligeiramente menos violento que o registado no dia 25 de abril, teve o seu epicentro próximo do Evereste e muito perto da zona de atuação da equipa da AMI no terreno e alcançou uma magnitude de 7,3 na escala de Richter.

 

Segundo as informações transmitidas pela equipa da AMI que se mantém na região, os seus efeitos foram menos devastadores, nomeadamente no que toca ao número de vítimas, mas a destruição das infraestruturas e dos edifícios é agora generalizada.

 

A AMI presta assistência médica e apoio alimentar e psicológico à população de dez aldeias desde a semana passada e vai, em conjunto com os seus parceiros locais, implementar projetos de reconstrução nos próximos dois anos, apelando para isso à solidariedade e apoio dos portugueses que podem dar o seu contributo, efetuando o seu donativo online em: http://donativo.ami.org.pt; através do NIB 000700150040000000672 ou ainda do serviço “Ser Solidário” no Multibanco, selecionando: Transferências> Ser Solidário> AMI.